Não farei desse texto um desabafo melancólico mas sim uma conversa direta que talvez venha a acrescentar algo para quem o leia e esteja em situação similar.O guerreiro pode ou não um dia desanimar das caçadas mas quando e como isso irá ocorrer? Existem períodos de reclusão seguidos de renascimentos gloriosos? Pode o guerreiro adormecer para sempre?
Estas são peguntas que tenho feito a mim mesmo desde que voltei a namorar. Como vocês puderam acompanhar nas postagens anteriores, as quais eu era noivo, o instinto guerreiro estava bem vivo, e digo com propriedade que apesar do inferno que a mulher fazia na minha vida, aquela foi uma época muito gostosa, pois estava todos os finais de semana nos campos de batalha conhecendo novas pessoas, bebericando e me divertindo muito, mas hoje o cenário é um pouco diferente.
Antigamente tinha uma mulher que fazia o inferno na minha vida, hoje tenho a mais doce de todas as moças, digamos popularmente "a mulher para casar", e dou valor a este achado a ponto de sentir que aos poucos o instinto guerreiro está adormecendo, a vontade de sair para as caçadas vem sendo suprimida por aqueles velhos programas de casal como sorvete, casa de amigos e assistir zorra total no sábado a noite.
E ai amigo? Isso é um desabafo, ou talvez um dos últimos gritos de socorro do guerreiro que ainda existe dentro desse peito. Vejo que estou me tornando um homem sério, não sorrio mais tanto quanto antes, não falo com tantas mulheres como antes, não gasto mais meu dinheiro com baladas, ao invés de pensar no carro novo penso em me desfazer do possante e comprar um popular para juntar dinheiro para comprar uma casa. E ai amigo? O que será que está acontecendo?
Sinto que o guerreiro está com sono, apesar de tentar por algumas vezes reanimá-lo ele está pendendo a fraquejar, talves ele precise mesmo de um descanso, não sei se isto é uma fase, e se há fases para um guerreiro, por enquanto deixarei ele em paz e vejamos se um dia ele irá despertar plenamente trazendo de volta o brilho das caçadas ou se o meu fim será uma casa, mulher, filhos e macarrão de domingo.
Força aos guerreiros, que o brilho das verdadeiras caçadas não se apague.
